Quantos
e quantos escritores foram apunhalados pelas desavenças da vida. Que evento
triste é esse acontecimento, quantas palavras foram deixadas ao tempo.
O
maior medo de muitos é a morte. O meu também, mas temo a morte das palavras,temo que
um dia acorde e a inspiração não venha a mente. Que gostinho saboroso tem
quando as palavras vem em momentos inusitados. Agora mesmo, estou esperando o
ônibus sair da estação pensando em quão duro seria se esse sentimento me
abandonasse.
Estou
observando um grande escritor, nem tão grande assim, pois nem seu nome sei. Mas
aquele bloquinho na sua mão esquerda, e o lápis na direita, a forma que ele
admira aquela bela árvore sem dúvidas encontrei um grande escritor. Sua hora de
partir chegou, o seu olhar que antes estava brilhando voltou para a realidade,
jogou seu bloquinho na pasta e partiu. Não sabia ao certo pra onde iria, mas
pra longe foi sua viagem. Naquele momento morria um escritor.
Entretanto
outro nascia dentro de mim. Quero
morrer deixando meu legado e eternizar minhas palavras. Sem pastas e sem terno,
apenas com meu bloquinho e meu lápis.
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