Sabe aquele amor. Aquele amor que quando bate você perde o
medo da morte. Um belo dia eu o encontrei.
Belo dia? Nem tão belo assim, pois, todos os dias o encontro. Ele vem
sem mais nem menos, não avisa. Em qualquer ou quem sabe todas as esquinas,
becos, avenidas ou em vielas ele me prega uma peça. Tantas Julias, Marias, Anas
ou quem sabe você eu me apaixonei, aquela paixão que não me deixa nome, número
nem endereço. Deixa-me apenas o olhar, olhar puro e simples do dia-a-dia. Tamanho
amor platônico vive ao meu lado e se vai sem deixar rastros de existência todos
os dias.
Certo dia estava com pressa, mas não é novidade, sempre
estou em uma batalha diária pra ver quem
é mais rápido eu ou o tempo. Porém não é sobre isso que vou falar, mas sim
sobre “aquela”, isso mesmo, aquela que não tive a oportunidade nem de saber o
nome. Que amor intenso outra hora platônico senti em apenas um relance, diante
dos meus olhos passou, infelizmente quando conseguir sair do meu estado inerte
já não mais conseguia avistar. Aquela quem um dia me fez amar. Quem me dera
fosse só “aquela”, mas em todas as esquinas perco a disputa contra o tempo, por
causa de um amor passageiro. Talvez vocês também estivessem em sua disputa
contra ele, e não observou o mundo que deixará esvaísse ao seu lado, e seus
amores, que quem sabe pudesse te fazer vencer qualquer batalha.
Não sei se esse amor tem relação com vidas passadas ou
talvez minha carência explique esse fato. Mas sempre ando em frente por sentir
saudades.
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