Pessoas
com donos.
Mãos
aceleradas, efervescentes e vazias.
Rostos
cansados, cheios de nada.
Quem os
dera, ou me dera fosse o fim.
Nesses
dias tão enfadonhos,
Que me
cansa mais a mente
Do que as
mãos.
Mãos que
trabalham, vivem e morrem
Suplicando
um dia melhor.
Um dia
sem culpa e sem barulho.
Nesse
amontoado de trapos e retalhos
Meus
sonhos viram
Cinzas,
linhas e linhas.
Ontem.
Desejava que esse hoje,
Não fosse
como amanhã.
Triste,
monótono.
Brum, brum, brum
Maquinário
pesado,
Já não
cansa, não sonha.
Que dias enfadonhos
costureira
Logo tu que
Através de retalhos,
Por madrugada
adentro,
Transforma suor em
sustento,
À espera da carta de
alforria
De uma vida escrava
Tu mesmo enche o
peito ao dizer que
Se arrisca a viver
Por trás do barulho
infernal
Das máquinas de
costura.
Recebem: Amor
e paz,
Dinheiro
é paz.
Pobre
humano,
Rico
engano.
Mais um belo poema. Meus parabéns.
ResponderExcluirÉ ótimo saber que estamos fazendo um bom trabalho, vamos continuar publicando mais poemas como esse, cada vez aperfeiçoando mais, e sempre tentando alimentar o blog sempre que possível. Abraço.
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